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domingo, 8 de janeiro de 2023

PAZ PARA 2023

                                      Por Luiz Carlos Amorim - Escritor, editor e revisor, Fundador e presidente do Grupo Literário A ILHA, com 42 anos de trajetória, cadeira 19 na Academia SulBrasileira de Letras. Http://luizcarlosamorim.blogspot.com.br  

Um ano novo acaba de chegar e o sol, quentíssimo, mesmo intercalado com a chuva, o jacatirão florido, o flamboiã espalhando vermelho pelas calçadas, me dizem que o novo ano será bom. Faremos tudo para que ele seja melhor. Ele precisa ser melhor. Por isso, a ordem neste início do novo ano é esperança, é fé, é saúde e verdade. Precisamos combinar com o Universo que este ano tem que ser o ano do abraço apertado, do abraço de mãos, do beijo, da proximidade, da cura, da saúde. De muita luz. E ele será, se lutarmos por isso, se cuidarmos tanto quanto é necessário cuidar, se olharmos ao nosso redor e ajudarmos quem precisa ser ajudado, se dividirmos o pouco que temos. Conseguiremos, se tentarmos. Isso é solidariedade, é liberdade, ainda que tenhamos que ter em mente que a pandemia não acabou e temos que continuar a ter cuidado.

Um novo governo começou em nosso país e esperemos que ele seja bom, que cumpra pelo menos uma boa parte do que prometeu. Temos que ter esperança e fé de que as coisas vão melhorar. Temos que trabalhar para isso.

Então, não desejo muito deste novo ano. Peço apenas o possível: crianças na escola, velhos assistidos, educação e saúde decentes no Brasile por todo este mundão de Deus; desejo que haja trabalho para todas as pessoas e alimento na mesa de todos, em qualquer lugar; ética e honestidade em todas as atividades do ser humano, principalmente na "política" e conscientização geral de que precisamos preservar a natureza para que o nosso clima não se volte contra nós, como temos visto ultimamente.

Não quero, para todos nós, filhos de Deus, uma felicidade instantânea e fácil; quero uma felicidade conquistada, verdadeira e merecida. Uma felicidade perene. Quero sorriso no rosto das pessoas, mas não sorrisos tristes. Quero sorrisos iluminados, pejados de fé e esperança, que se não os houver, não haverá vida. Quero luz nos olhos de toda a gente, faróis a alumiar o caminho. Quero paz no coração de todo ser humano, quero carinho a semear ternura, quero uma canção em todos os lábios, a propagar a fé.

Quero pedir aos homens, principalmente aos que detém o poder, o fim das guerras – pois temos visto o que ela faz, temos visto que mesmo lá longe, elas impactam todo o mundo - que o coração do ser humano foi feito para abrigar a paz, e seus lábios, suas mãos e seus olhos foram feitos para disseminá-la. O homem não foi feito para deter o poder em suas mãos e com esse poder destruir seu semelhante. Peço à força maior que rege o universo que erradique do coração do homem a ganância, a inveja, o ódio, a indiferença.

Não estou pedindo nada impossível, tudo o que peço pode se tornar realidade, se todos quisermos. E precisamos querer, para que este próximo ano que se inicia seja bom, para que os nossos sonhos possam continuar, para que possamos ter esperança de realizá-los.

Como já disse o poeta Drummond, para termos “um Ano Novo que mereça este nome, temos de merecê-lo”.                    


sexta-feira, 11 de março de 2022

CRÔNICA SEMANAL DA PANDEMIA – 27.2-05.02.2022


        Por Luiz Carlos Amorim – Escritor, editor e revisor – Cadeira 19 da Academia Sulbrasileira de Letras. Fundador e presidente do Grupo Literário A ILHA, que completa 42 anos em 2022. Http://luizcarlosamorim.blogspot.com.br

 

Pesada, essa semana que acabou, pois além da pandemia, que ainda continua, temos a guerra da Rússia contra a Ucrânia. Leis internacionais violadas e desrespeito ao ser humano, coisas que não podem acontecer para não virarem lugar comum. Por falar em pandemia, minha filha Fernanda, que mora na França, pegou a covid, mas deu fraquinho, graças a Deus, pois ela estava vacinada.

No domingo, não fomos ao Rio, pois eles foram visitar amigos. Na terça, Rio veio visitar vovô e vovó, almoçou conosco, fez muita bagunça, brincou com vovô, ajudou vovó, fez o lanchinho da tarde e depois fomos pra casa dele. Queria ficar, mas quando chegamos, papai e mamãe tinham comprado uma locomotiva que andava sozinha para o trilho que ele já tinha e ainda puxava os vagões que ele já tinha, também. Brincou muito. Na terça, não fomos no Rio, estava com resfriado e preferi não arriscar, podia ser gripe. Fiz teste e não era covid. Na quarta, fomos à casa do Rio e ajudamos o Rio e mamãe a começar a montar uns móveis  e montamos também uma estante grande. O Rio ajudou na estante também, lógico. Papai fez churrasco e estava muito bom. Na quinta, mamãe e vovó arrumaram as coisas na estante nova e Rio também ajudou. Achou  umas línguas de sobra da última festa de aniversário e brincou um bocado. Na sexta recebemos a visita da prima Bel e almoçamos no largo do Carmo douradas grelhadas, arroz de tomate e pastéis de bacalhau, numa tasquinha que já conhecíamos, pois já moramos ali. Depois fomos passear pela beira do Tejo e fomos até Belém. A prima Bel conheceu tudo o que tinha direito e depois fomos fazer o café da tarde no Pastel de Belém. Aí voltamos e fomos jantar na casa do Rio e ajudar um pouco na montagem dos moveis. No sábado fomos à Sintra, para uma feira imensa que há lá, para comprar umas coisinhas. Rio recebeu visitas e teve churrasco, mas não fomos porque estávamos cansados.

Não se fala mais em pandemia, por causa da guerra, a não ser a publicação dos números, que graças a Deus está baixando em alguns lugares, inclusive no Brasil e aqui em Portugal.

O Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) - documento que reúne um conjunto de leis que têm como objetivo a proteção integral da criança e do adolescente - diz que “é dever da família, da comunidade, da sociedade em geral e do poder público assegurar, com absoluta prioridade, a efetivação dos direitos referentes à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao esporte, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária". “É um direito da criança ser vacinada porque é um dever do Estado brasileiro oferecer os meios. A partir das vacinas que são obrigatórias, é obrigação de quem tem a tutela ou guarda levar a criança para vacinar”. Caso os pais descumpram essa obrigação, o ECA prevê pena de multa de três a vinte salários de referência (podendo ser o dobro, em caso de reincidência). "Se, mesmo com a multa, os pais ou responsáveis não levarem a criança para ser vacinada, é possível a instauração de processo judicial por iniciativa do MP para exigir que isso ocorra”.

Os números da pandemia e da vacinação reunidos pelas secretarias de saúde dos Estados mostram que o Brasil registrou na sexta 697 mortes em 24 horas. São 103 a mais do que o total de quinta-feira, dia 3 de março. O aumento pode ser reflexo de dados represados do feriado de carnaval. Desde o começo da pandemia, 651.343 brasileiros já perderam a vida para Covid. A média de casos está em queda de 59%, na comparação com duas semanas atrás. São 43 mil novos casos por dia.

É bom continuar com os cuidados. Ainda estão morrendo pessoas. E muitas.

segunda-feira, 7 de março de 2022

CRÔNICA SEMANAL DA PANDEMIA – 20-26.02.2022


     Por Luiz Carlos Amorim – Escritor, editor e revisor – Cadeira 19 da Academia Sulbrasileira de Letras. Fundador e presidente do Grupo Literário A ILHA, que completa 42 anos em 2022. Http://luizcarlosamorim.blogspot.com.br

A semana passou muito rápida, talvez porque eclodiu a guerra criminosa da Rússia contra a Ucrânia. Mas a vamos levando, apesar da tensão. Trabalhei muito, durante toda a semana, na edição de março de A ILHA, que estará no ar no início de março. Apesar disso, saímos com o Rio e sem ele para bater perna por aí.
No domingo, recebemos a visita da prima Belzita, que mora em São Francisco, SC, da filha Fabiana, que mora aqui, em Sintra e do filho desta última, que também veio do Brasil, Nícolas. Rio também veio almoçar conosco. Foi um domingo feliz. Tivemos polvo e bacalhau e um rizoto delicioso feito pela prima Fab. Depois, à tarde, fomos passear com os primos e com o Rio. Ele fez muita “bagunça” na casa do fofô e da fofó e chorou quando iámos sair, pois queria ficar mais aqui. Fomos ao Parque Eduardo Sétimo e depois para a Baixa Chiado, passando pela Avenida da Liberdade. Foi muito bom receber visitas do Brasil. À noite, jantamos na casa do Rio. Na segunda,  trabalhei muito na revista Suplemento Literário A ILHA e não saímos. Na terça, fomos ao centro: Chiado, Bairro Alto, Alfama, Príncipe Real, etc. Fizemos compras, passamos na Livraria Bertrand e compramos livros para o Rio. Na quarta, fomos com o Rio para Cascais. Divertiu-se muito o cara, precisavam ver. Primeiro ficamos um bom tempo na praia e ele acabou ficando só de cuequinha e camisa. Molhou os pés, correu muito, rolou na areia, cavou, gritou bem alto, fez tudo o que tinha direito. Cascais é linda, exploramos um pedaço da cidade que a gente não conhecia ainda. Almoçamos na Marina e depois fomos s um parque enorme e lindão, com parquinho, castelo, lagoa com ponte e tudo, galos pequenos quase domesticados por todo lado, trilhas, jardins, etc. onde o Rio brincou mais um tanto. Comemos pica-pau de carne com amêijoas, com um molho de natas delicioso, pataniscas de camarão com arroz de tomate e batatas fritas. E bebemos  cerveja de maça, Somersby, uma cidra deliciosa que tem por aqui, o nosso “refrigerante” de verão - e como hoje estava uma primavera quase verão.., O Rio comeu hambúrguer e batata frita e bebeu suco de morango. Foi um dia perfeito. Um pouco nublado, então não estava quente demais, não precisamos usar protetor. Tava muito bom. Na quinta, vovó foi ficar com o Rio na casa dele e vovô ficou terminando a revista para mandar para o editorador. Vovó levou um capacete amarelo de presente e Rio ficou lindão de peão. Na sexta, saímos de novo para andar por Lisboa. Pretendiamos comer um sanduíche tamanho litro – pão com queijo amanteigado da Serra da Estrela e presunto português, uma delícia -  na feira da Praça da Figueira, mas erramos o final de semana, é no próximo. Então comemos robalo e dourada grelhados numa tasquinha já nossa conhecida, no Largo do Carmo, onde já moramos várias vezes. Estava ótimo. Depois cortei o cabelo e a barba, num salão que esteriliza o equipamento, e então voltamos para a casa do Rio de jantamos lá, um churrasco bem brasileiro: picanha fatiada e pastel brasileiro, aquele de vento, que a Dani fez com recheio de porco assado e requeijão cremoso, coisa que é difícil de achar por aqui. Coisa muito boa. No sábado, fiquei trabalhando na revisão de conferência da editoração da revista SUPLEMENTO LITERÁRIO A ILHA, que deve ficar pronta no início da semana. Rio foi passear com a Leo, que é um pouquinho mais nova que ele e se divertiram muito. 

E como já tinha mencionado, além da pandemia, agora temos a guerra acontecendo no leste europeu. Esperamos, veementemente, que este conflito cesse, que consigam deter Putin.

Mesmo expostas ao vírus em situações de risco, algumas pessoas não testam positivo. Os cientistas sabem que o fenômeno de 'resistência' à transmissão existe, mas ainda não há explicações sobre essa aparente imunidade apresentada por certos indivíduos em relação ao Sars-CoV-2. Uma das dificuldades do estudo consiste justamente em identificar os indivíduos que são de fato resistentes, já que o SARS-CoV-2 provoca muitas infecções assintomáticas. Além disso, os participantes não podem ser vacinados e devem tomar poucas precauções para evitar as infecções. São pessoas que não estão protegidas por um imunizante e que, apesar disso, não se contaminam. São essas pessoas que devem ser estudadas, prioritariamente. O que a ciência sabe sobre esses sortudos, que resistem melhor à infecção ou são assintomáticos? No início de janeiro, um estudo publicado por um grupo de pesquisadores do Imperial College London mostrou que, quanto maior o nível de células T que haviam sido estimuladas por diferentes tipos de coronavírus, que provocam resfriados, menor era a probabilidade de contrair o SARS-CoV-2. Que avancem os estudos.

Na quinta, começou a guerra da Rússia contra a Ucrânia. Não se fala de outra coisa, pois é uma ameaça para o mundo todo, e a pandemia ficou em segundo plano. Na sexta, o Brasil registrou  781 mortes pela Covid-19 em 24 horas, totalizando 648.267 óbitos desde o início da pandemia. Com isso, a média móvel de mortes em  7 dias é de 737 - o país volta a entrar em tendência de queda, o que não acontecia desde 3 de janeiro. Em comparação às semanas anteriores, indica também tendência de queda nos óbitos decorrentes da doença.

Cuidar ainda é preciso. Muito conturbado este mundo atual e não podemos baixar a guarda.

CRÔNICA SEMANAL DA PANDEMIA – 13-19.02.2022


        Por Luiz Carlos Amorim – Escritor, editor e revisor – Cadeira 19 da Academia Sulbrasileira de Letras. Fundador e presidente do Grupo Literário A ILHA, que completa 41 anos em 2021. Http://luizcarlosamorim.blogspot.com.br

Essa semana passou muito rápida, por causa do aniversário, mas também muito lenta, com a tensão no Brasil, por causa da tragédia em Petrópolis e pela possível deflagração de guerra pela Rússia contra a Ucrânia. E o presidanta do Brasil indo para a Rússia justamente numa época como esta. Interesses escusos?

Mas a vida vai seguindo, apesar de tudo. Domingo almoçamos na casa do Rio. Antes, porém, eu e o cara pegamos as ferramentas e levantamos o selin da bicicleta dele e ele testou, andando um pouco pela casa. É claro que para isso, ele colocou capacete e óculos escuros, como se estivesse na rua. Também brincou de “piscina”, no pufe da sala: ele saía correndo e “mergulhava” no pufe. Brincamos muito e no meio da tarde, antes do soninho dele, eu a fofó fomos ao supermercado e depois voltamos para casa. Eu precisava trabalhar na revista Suplemento Literário A ILHA de março. Na segunda, almoçamos de novo na casa do Rio, pra variar. E não dava pra deixar por menos: tivemos bobó de camarão. Dani pediu para eu comprar aipim (aqui é mandioca) no Auchan, que é no shopping Amoreiras, do ladinho de casa, enquanto a mãe também saiu da casa do Rio, onde ela já estava, pra levar ele ao shopping. Ele brincou muito nos escorregadores do shopping. Aí no começo da tarde voltaram, nós almoçamos – estava uma delícia - brincamos mais um pouco e logo estava na hora do soninho da tarde. Fofó e fofô voltaram para casa, para eu continuar trabalhando na revista. Na terça, fomo andar um pouco por Campo de Ourique e Alcântara. Estávamos procurando abóbora moranga para fazer um camarão na moranga de aniversário. Fizemos compras, inclusive num ling-ling em Alcântara, mas fomos a vários supermercados e quitandas e só achamos, quando achamos, abóboras enormes com mais de dez quilos, que acho que nem cabiam no forno. Eis que, pertinho de casa, fomos ao Auchan, pertinho de casa, e lá tinha a abóbora moranga no tamanho que precisávamos. Estava garantido o jantar de aniversário. Rio ligou para nós, perguntando por que não fomos à casa dele. Na quarta, comemoramos o meu aniversário o dia inteiro, até um Varal com poemas meus eu ganhei nos jardins do Parque da Estrela, aqui em Lisboa. Foi uma surpresa e tanto dos meus queridos neto, genro e filha. As ilustrações coloridas de fundo dos poemas são de autoria de Rio. Foi emocionante ver os caminhantes dos jardins da Estrela parando para ler os poemas e até declamando, vocês imaginam? Muito legal! Varal da poesia em Lisboa! Muito honrado. Nem na feira do livro aqui da capital portuguesa eu havia visto um varal de poesia. Então tivemos um piquenique de café da manhã, com poesia e tudo. Logo mais um almoço delicioso num restaurante perto de casa, com mirante (ou miradouro) e vista de metade de Lisboa, com o Tejo ao fundo. De sobremesa, sorvete de manjericão e petit gâteau com sorvete de creme, com velinha em cima que eu e o Rio apagamos. Aliás, o Rio adorou o petit gâteau com sorvete. E à noite, jantar na casa do Rio, com um camarão na moranga bem à brasileira, feito pela chef Stela, soberbo. Com a tradicional tábua de queijos e o bom vinho e espumante portugueses sempre presentes na mesa de Pierre e Dani. Aniversário perfeito. Pra completar, Fernanda ligou lá da França, minha filhota que quando a gente está aqui em Portugal ela está mais perto da gente. Obrigado Rio, Daniela, Pierre, Stela e Fernanda. Apaguei velinhas duas vezes. O bolo de chila com farinha de amêndoas estava delicioso. Muitos presentes, mas o maior presente mesmo é o Rio. Na quinta, fofó foi ficar um pouco com o Rio, que mamãe e papai precisavam trabalhar. No começo da tarde ela voltou e saímos para fazer coisinhas que não podiam mais esperar: fomos à operadora trocar o controle da TV a cabo, trocar o chipe do meu telefone que estava em pane, trocar a calça que ganhei no aniversário – lindona, e também fomos à Fundação Gulbenkian pegar os ingressos para o concerto de sexta.

Na sexta, trabalhei na revista, que está acabando o prazo para mandar para a editoração e, à noite, fomos ao grande teatro da Fundação Calouste Gulbenkian, para o concerto Coro Gulbenkian À Cappella (está escrito assim no bilhete). Espetáculo grandioso. Peças de Brahms, Bartók e outros grandes compositores. No sábado, fofó pegou o Rio pela manhã e trouxe ele para a casa do fofô e da vovó. Brincamos, vimos desenhos como a Patrulha Pata, almoçamos e e brincamos mais um pouco até chegar a hora do soninho da tarde. Ele enrolou, mas tirou uma sonequinha. Acordou lá pelas seis e fez um lanchinho e foi para a casa dele, que ele tinha visitas. Fofô trabalhou quase o dia inteiro na preparação do material da revista A ILHA para editoração e só foi aos supermercados, pois no domingo teremos visitas.

A epidemia parece regredir um pouco. Mas paralelas à covid, acontecem outras coisas terríveis no Brasil e no mundo: tragédia em Petrópolis, com mais de uma centena de mortes e a iminência da guerra na Ucrânia, com a possível invasão da Rússia. Na segunda, o Brasil registrou, em 24 horas, 58.540 casos de Covid-19 e 473 óbitos decorrentes da doença. Com isso, a média móvel de casos caiu pelo quinto dia seguido. Também na segunda divulgou-se que são falsas as afirmações difundidas pelo médico Rubens Amaral em um vídeo no Instagram e no Telegram. Ele nega a epidemia de influenza no Brasil e diz que pessoas vacinadas contra a Covid-19 estão mais vulneráveis à variante Ômicron. Essas pessoas negacionistas deveriam ser presas por mentirem e divulgarem informações falsas, pois isso causa mortes. Mas o presidanta faz isso e ninguém faz nada...

Na terça, o Brasil registrou 909 mortes pela Covid-19 em 24 horas, totalizando 639.822 óbitos desde o início da pandemia. Subiu bastante de um dia para o outro, pois a segunda ainda conta com muita subnotificação do final de semana. Com isso, a média móvel de mortes nos últimos 7 dias é de 847.

Na quarta, diferentemente do que costuma fazer no Brasil, o presidanta Bolsonaro se submeteu às regras sanitárias na Rússia. O brasileiro teve de fazer os cinco exames de coronavírus exigidos pelas autoridades russas. Muito perigoso, Bolsonaro tentando ficar amiguinho de Putin. Estará de olho nas eleições, contando com uma “ajudinha” do presidente russo?

A Anvisa concedeu o 1º registro de um autoteste para Covid-19 no Brasil, na quinta. O produto aprovado usa swab nasal (uma espécie de cotonete), pode ser feito em casa e dá o resultado em 15 minutos. A Anvisa recebeu 68 pedidos de registros de autotestes e já reprovou dez.

A Organização Mundial da Saúde anunciou que seis países africanos terão acesso à tecnologia necessária para produzirem vacinas de mRNA. Egito, Quênia, Nigéria, Senegal, África do Sul e Tunísia serão os primeiros. Criado principalmente para lidar com a emergência do Covid-19, o centro global de transferência de tecnologia de mRNA tem o apoio da União Europeia e deverá  fabricar insumos para atender as prioridades locais de saúde.

A Procuradoria-Geral da República afirmou, em manifestação enviada ao Supremo Tribunal Federal, que abriu uma investigação preliminar para apurar o “apagão de dados” no Ministério da Saúde entre dezembro e janeiro. Deputados alegam que o ministranta Queiroga cometeu os crimes de prevaricação e improbidade administrativa pela falta de informações sobre a pandemia após a pasta ser alvo de ataque hacker em 10 de dezembro. Novidade, não? Mas a PGR “abrindo” investigação é mesma coisa que nada.

Por favor cuidem-se, todos. Ainda está morrendo muita gente de covid.

CRÔNICA SEMANAL DA PANDEMIA – 06-12.02.2022


        Por Luiz Carlos Amorim – Escritor, editor e revisor – Cadeira 19 da Academia Sulbrasileira de Letras. Fundador e presidente do Grupo Literário A ILHA, que completa 41 anos em 2021. Http://luizcarlosamorim.blogspot.com.br

 

Esta semana foi tranquila, de bastante trabalho, pois já estou recebendo os trabalhos para a nova edição do Suplemento Literário A ILHA. Li mais um livro, assisti um filme e alguns seriados de comédia e o noticiário brasileiro e internacional. Mas também ficamos um tempo com o Rio, que não dá pra ficar longe dele. O mundo está em polvorosa, não só com a covid 19, que parece não querer arredar pé, mas também com a tensão da ameaça de guerra entre Rússia e Ucrânia.

No domingo, fomos jantar na casa do Rio. O prato do dia era pizza e ele adora, assim como gosta imenso de sushi. Comeu também da tábua de queijos. Depois brincamos com ele até a hora de dormir. Na segunda e na terça, vovó foi ficar com o Rio na casa dele e eu fiquei trabalhando na nova edição da revista Suplemento Literário A ILHA. Na terça, antes de vovó ir à casa do Rio, ele foi com mamãe ao parquinho e brincou bastante. Voltou com os bolsos cheios de pedrinhas, pra variar. Na quarta, fomos à noitinha para vovó ajudar mamãe a fazer um prato para o jantar. Ficou uma delícia e brincamos mais um bocado com o Rio até ele dormir. Na quinta, não fomos no Rio e ele sentiu falta de vovô e vovó. Na sexta, fomos encontrar Malu, uma grande amiga que estava uns quantos meses aqui em Portugal, no Porto, e veio pegar o voo de volta para o Brasil aqui em Lisboa. Então fomos tomar um café com ela lá no Café do Parque Eduardo Sétimo, ao lado do parquinho. Então levamos o Rio e ele se esbaldou. Brincou como nunca, em todos os brinquedos, mesmo naqueles que eram para meninos com mais idade do que ele. Rolou pelas pedrinhas, subiu nas aranhas, até andou de novo – sozinho, ele mesmo se segurando – de tirolesa para crianças. Antes de ir para o parquinho fez o pequeno almoço, que era só dez e pouco da manhã e ele acordou tarde. Depois, voltamos para casa do fofô e da fofó e almoçamos. Vovô fez hambúrguer e vovó fez feijão, arroz e salada. De sobremesa, banana assada com canela e mel. Aí já estava na hora do soninho da tarde do Rio. Mas quem disse que ele dormiu? Enrolou a vovó e acabou não dormindo. Então não podia ver desenho, pois não tirou a sonequinha, conforme o nosso combinado. Brincamos um pouco e vovó fez um lanchinho – cereal com iogurte, mas cereal com frutas vermelhas secas – e um suquinho. À noitinha, voltamos para a casa do Rio e papai e mamãe fizeram sushi com atum e dourada, cru e frito. Uma delícia. Aí sim, lá pelas nove e meia o gajo foi dormir, pois estava cansado com o dia cheio. No sábado não nos encontramos, pois ele tinha um aniversário para ir. Divertiu-se muito.

E a pandemia continua. Aguns países já estão dando a quarta dose, mas como começamos um novo ano, não seria melhor assumir que estamos começando a vacinação novamente, já que todo ano vamos ter que nos vacinar? Os números estavam baixando pouca coisa e no sábado tivemos menos de mil mortos, no Brasil, mas acontece que nos finais de semana a subnotificação é muito maior, pois as secretarias de saúde dos estados não funcionam ou funcionam precariamente. E não é só a pandemia que está se agravando, no mundo todo. A politicagem também. A Rússia está ameaçando invadir a Ucrânia e o presidanta do Brasil insiste em ir justamente agora, na iminência e uma guerra, para a Rússia. Deus me perdoe, mas sei o que todos estão pensando, pois até eu me surpreendi pensando a mesma coisa.

A Comissão de Direitos Humanos do Senado  aprovou na segunda a convocação do ministranta da Saúde, Queiroga, para explicar a nota técnica elaborada por técnicos da pasta que atribuía maior segurança à hidroxicloroquina que às vacinas no tratamento da Covid – contrariando evidências científicas. Queiroga também deve ser questionado sobre a "demora" entre a aprovação da Anvisa e o início da vacinação infantil contra Covid no país.

Não existe um levantamento do Ministério da Saúde sobre quem são as pessoas que estão morrendo de Covid em 2022 e qual o impacto das campanhas de imunização para evitar os óbitos por coronavírus. Mas dados divulgados pelos estados confirmam o alerta de especialistas: os não vacinados são a maioria das vítimas da doença na atual fase da pandemia. É o que mostra um levantamento feito junto às Secretarias de Saúde dos 26 estados e do Distrito Federal. "Baseado no que tem sido divulgado, tanto por secretarias estaduais, quanto por outros países, o que tem sido observado é exatamente isto: a imensa maioria das internações mais graves não tem o esquema vacinal completo", afirma o presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações, Juarez Cunha.

Na quarta, O Brasil teve o maior número de mortes em um dia desde 29 de julho de 2021, quando foram registrados 1.354 óbitos.

Pesquisadores da Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto, divulgaram na quinta que a vacinação contra a Covid-19 reduziu o risco de internação e mortes pela doença mesmo em pacientes que tinham várias comorbidades simultâneas, como problemas de coração e diabetes. Entre os vacinados, apenas idade acima de 60 anos e doença renal permaneceram como fatores de risco. Já entre os não vacinados, problemas de coração, fígado, neurológicos, diabetes ou comprometimento imunológico foram relacionados a  probabilidade maior de internação. O estudo usou dados de 2.777 pacientes internados com sintomas de Covid entre 5 de janeiro e 12 de setembro de 2021.

Na sexta, o governo da Rússia pediu que o presidente Bolsonaro e sua comitiva, que insistem em visitar o país russo nesta época de tensão e ameaça de guerra, se submetam a um rígido controle sanitário  para se aproximar do presidente russo, Vladimir Putin, durante viagem oficial a Moscou, marcada para a próxima semana. De acordo com as orientações enviadas pelo Kremlin ao governo brasileiro, Bolsonaro e os membros da comitiva que se aproximarão de Putin teriam que fazer até cinco exames do tipo PCR para detecção de Covid-19. Pra aprender a não ser besta.

No sábado, foi divulgado que o Projeto de Lei Paulo Gustavo (Projeto de Lei Complementar 73/21), que libera R$ 3,862 bilhões para amenizar os efeitos negativos econômicos e sociais da pandemia de covid-19 no setor cultural brasileiro, está na pauta do Plenário da Câmara dos Deputados da próxima terça-feira. Esperemos que finalmente alguma ajuda seja dada aos trabalhadores da Cultura neste país, talvez os mais prejudicados até agora.

Resumindo: a pandemia ainda está aí e é preciso que nos cuidemos, para que ela não fique crônica.

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2022

CRÔNICA SEMANAL DA PANDEMIA – 30.01-05.02.2022


Por Luiz Carlos Amorim – Escritor, editor e revisor – Cadeira 19 da Academia Sulbrasileira de Letras. Fundador e presidente do Grupo Literário A ILHA, que completa 41 anos em 2021. Http://luizcarlosamorim.blogspot.com.br

Semana sem chuva na Luzboa, com muito sol e céu de brigadeiro e aquela luz única que o sol, em parceria com o Tejo, conferem à capital portuguesa. Trabalhei na divulgação da revista ESCRITORES DO BRASIL e comecei a trabalhar na nova edição da revista SUPLEMENTO LITERÁRIO A ILHA, que completa 42 anos de circulação neste 2022. Saímos pouco, por causa do avanço da pandemia. O frio já não é tão intenso como em janeiro. A imprensa já fala em “primavera antecipada” por aqui. Temos passado bastante tempo com o Rio, ele adora vir na casa do vovô e da vovó.
Rio continua crescendo, cada vez mais inteligente e bonitão. No domingo não fomos à casa dele, pois a semana ia ser cheia, uma vez que há concerto da Rua das Pretas no Coliseu de Lisboa, para gravação de mais um episódio da série para a RTP TV, e eles ficaram curtindo a companhia mútua. Na segunda, Rio veio ficar com fofô e fofó, pois mamãe e papai estavam às voltas com a produção do concerto no Coliseu, o que dá muito, muito trabalho. Na terça, fofó foi ao parquinho para ele brincar um pouco e tomar sol e depois veio almoçar na casa da fofó e do fofô. Eu assisti um pouco de desenhos da Patrulha Pata e Léo, o Caminhão, com ele, ele almoçou arroz e feijão, carne de panela e banana assada, e de sobremesa suco e salada de laranja. Depois tirou um soninho, não sem antes enrolar um monte. Depois da sonequinha fez um lanchinho, brincamos um pouco e mais tarde ele jantou e foi para casa, pois havia ensaio na casa dele e ele adora participar, os músicos são todos seus amigos. Na quarta, dia do concerto Rua das Pretas no Coliseu de Lisboa, a correria foi grande, então ficamos mais um pouco com o Rio e à noite fomos ao concerto. Ele fez sucesso, mesmo não indo ao microfone: nos camarins, na plateia, nos bastidores. Dançou, cantou, fez maquiagem, correu, encantou. Aliás, ele estreou no Coliseu com um aninho, na primeira vez do Rua das Pretas no palco daquela casa tão tradicional de Lisboa, no palco e tudo. Depois do concerto, Rio veio para a casa de vovô e vovó e dormiu aqui. Chegamos já era mais de meia noite, ele ainda fez festa, pulou do sofá na cama que fizemos no chão com o colchão inflável e adorou. No dia seguinte, na quinta, acordamos, vovó fez um pequeno almoço para ele, mas ele não comeu muito e fomos almoçar com mamãe e papai num restaurante perto da casa dele, com a cantora brasileira Karla, a moça do vozeirão. Depois do almoço Rio foi para casa, para tirar um soninho e nós, vovó e vovô, fomos ao supermercado, pertinho. Mas deu um dó imenso, pois Rio não queria que fôssemos, segurou a mão de vovó e não queria largar, foi embora chorando. Mas fez o soninho da tarde e acordou bem. Na sexta, foi fazer o pequeno almoço com papai num restaurante perto de casa, enquanto mamãe e vovó se ocupavam da casa. No sábado, mamãe foi comprar peixe e aipim (aipim ou mandioca, aqui, é importado da África e até do Brasil) em Saldanha, um bairro quase perto de nossas casas e fomos todos juntos. Rio aproveitou muito o parquinho que existe ao lado do mercado e brincou muito. À tarde Rio teve almoço com amigos e à noite teve visitas.
Infelizmente, os números da pandemia continuam crescendo em todo o mundo. No Brasil, o número de mortes diário já passou de mil e isso é muito grave.
Na segunda, no Rio, a Secretaria Municipal de Saúde informou que, por falta de doses, suspendeu a a vacinação das crianças contra a Covid-19, até que o Ministério da Saúde envie nova remessa de vacinas para a cidade. E assim em outros lugares. É lamentável que o ministério da saúde (leia-se presidanta e ministranta da saúde) não esteja comprando e distribuindo a vacina em tempo hábil. Enquanto isso, pessoas morrem.
O Brasil pode atingir o pico de 1,3 milhão de infectados por dia pela Covid-19 em meados de fevereiro por causa da disseminação da variante Ômicron, apontam estimativas da Universidade de Washington. Essa nova onda será um “tsunami” de casos em relação a tudo que se viu na pandemia até agora. Conforme os pesquisadores, o país já deve ter hoje mais de 430 mil pessoas se infectando todos os dias.
A Fundação Oswaldo Cruz identificou os primeiros casos da subvariante BA.2, da Ômicron. São dois casos no estado de São Paulo; dois no Rio de Janeiro; e um em Santa Catarina, totalizando cinco registros no país. Em nota, o ministério da saúde esclarece “que a sublinhagem da VOC Ômicron não tem impacto no diagnóstico laboratorial e eficácia das vacinas. Ah, enão tá. Até o momento, não existem evidências relacionadas à nova linhagem que demonstrem mudanças na transmissibilidade, quadro clínico, gravidade ou resposta vacinal”. Quer dizer: não estão nem aí.
Entre 24 e 31 de janeiro, oito estados e o Distrito Federal registraram ocupação crítica nos leitos de UTI para Covid-19, informou um boletim divulgado na quinta pela Fundação Oswaldo Cruz. Na semana passada, seis estados, além do DF, estavam nessa situação. A ocupação crítica significa uma taxa de 80% ou mais dos leitos ocupados.
O Brasil registrou na sexta-feira 1.074 mortes pela Covid-19 em24 horas, totalizando 631.069 óbitos desde o início da pandemia. Voltamos a ter registro de mais de mil mortos por Covid em um só dia pela primeira vez desde 19 de agosto do ano passado (quando foram 1.030).
No sábado, foram registrados 197.442 mil casos de covid-19 e 1.308 mortes em 24 horas. Desde o início da pandemia, foram notificados 26.473.273 casos e 631.802 óbitos em decorrência do novo coronavírus. O boletim, divulgado no sábado (5), não traz os dados do Mato Grosso e do Distrito Federal, que não foram atualizados pelas respectivas secretarias da Saúde. O que quer dizer que, na verdade, os números são muito maiores, pois além de não haver informações de duas unidades da federação, há a subnotificação do final de semana, quando as secretarias estaduais não funcionam ou funcionam precariamente.
A progressão da pandemia é muito forte, a situação está cada vez mais grave. É preciso que nos cuidemos. Ou essa pandemia não acabará nunca.

sábado, 5 de fevereiro de 2022

POETA MENSAGEIRO

   Por Luiz Carlos Amorim – Escritor, editor e revisor – Cadeira 19 da Academia Sulbrasileira de Letras. Fundador e presidente do Grupo Literário A ILHA, que completa 41 anos em 2021. Http://luizcarlosamorim.blogspot.com.br

Recebi um post no Whatsapp, da minha amiga Chris Abreu, poeta dos dedos cheios de poesia, de um mensageiro poeta. Sim, mensageiro mesmo, funcionário do correio, que se encantou com a poesia e passou a ser carteiro-poeta. Ele passou a entregar as cartas com poemas: entregava a correspondência com uma folha no meio que continha um poema e o poema, quase sempre ou sempre era dele.

Tenho escrito muito sobre as tantas maneiras que tantas pessoas encontram para divulgar a poesia. E essa é uma maneira bem original. O carteiro-poeta Cleyton Mendes, com sua poesia misturada à correspondência, me lembrou o meu projeto Poesia Carimbada, que consistia em carimbos que imprimem poemas inteiros, que eu usava em minha correspondência enviada, no verso do envelope, quando a gente enviava cartas escritas pelo correio. As pessoas recebiam minhas cartas, sobre o assunto que fosse, com um poema carimbado no envelope.

Aí me vem o poeta-carteiro, entregando a sua poesia a domicílio. Tem coisa mais bonita? Receber notícias boas, outras nem tanto, contas, etc. e – pasmem – poesia. Um poema do carteiro-poeta, para alegrar o dia, como este: Sorria / pra afastar a melancolia. / Sorria / pois pra tristeza / é a melhor terapia. / Sorria, / sorria, / Só ria / Pois o seu riso / é pura poesia.

Como o próprio carteiro-poeta diz, “ele é portador da poesia-mensageira: carteiro leva mensagem para as pessoas; poesia leva uma mensagem para a alma, para os corações.” Ele diz também que “a poesia não está só nos livros, a poesia está no olhar de quem vê”. E não é verdade? A poesia pode estar em tudo, depende da nossa capacidade de vê-la.  Então ela está dentro do nosso olhar.

Obrigado, poeta-carteiro, por ser mensageiro da poesia. Escreva muitos poemas e seja o mensageiro que vai levar a poesia até o ouvinte, até o leitor. O mundo está muito duro, ele precisa de poesia para mudar para melhor. A poesia é necessária. Ainda mais nos tempos atuais, com a pandemia grassando e deixando a nossa vida e o nosso mundo mais complicados.

E para terminar, a mesma Chris dos dedos cheios de poesia me avisa que aquelas pessoas que ficam nas sinaleiras  pela cidade estão distribuindo o quê? Poesia. Manuscrita, escrita em pequenas folhas de caderno, oferecidas quando o sinal fecha e o sinal se abre para a poesia.

Obrigado a todos vocês, multiplicadores da poesia. Eu os saúdo, este é o meu tributo a vocês.